Um manifesto contra a permanência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado foi entregue nesta quarta-feira (20) a um grupo de senadores depois de ato dos manifestantes no gramado do Congresso Nacional. De acordo com dirigentes da ong Avaaz, que hospedou a petição em seu site, foram registradas cerca de 1,6 milhão de adesões.
A comitiva que levou as assinaturas foi recebida pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS) e João Capiberibe (PSB-AP) em sala da ala Alexandre Costa.
O ato foi simbólico, já que as assinaturas on-line não foram impressas em papel. O grupo chegou ao local carregando caixas representando os apoios coletados e, depois de ouvir os senadores, apresentou um tablet aberto na página da petição na internet.
Cristovam Buarque disse que o Senado “não tem o direito de virar as costas” ao movimento articulado pela internet, a seu ver uma nova maneira de “fazer democracia”. Pedro Simon observou que a campanha em favor da Lei da Ficha Limpa foi também articulada por meio digital e obteve êxito.
Pedro Abramovay, diretor de campanha da Avaaz, disse que outro objetivo da mobilização é pedir o fim do voto secreto parlamentar.
Afirmou que seu uso não é previsto na Constituição para eleger dirigentes das Casas Legislativas. Depois, anunciou que pediriam apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para derrubar o voto secreto, por meio de uma ação perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
Abramovay também anunciou a ida da comitiva ao Supremo para protocolar uma carta com pedido para que seja acelerado processo que tem como réu o senador Renan Calheiros. Os senadores subscreveram a carta.
O representante comercial Emiliano Magalhães Netto, propositor da campanha, participou do encontro. Oriundo da cidade de Ribeirão Preto (SP), ele criou a petição no dia 1º de fevereiro, o mesmo em que Renan Calheiros foi eleito para o cargo, com apoio de 56 dos 81 senadores.
Fonte: Agência Senado
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