Após
a aprovação do projeto pelo parlamento britânico, ser membro da organização
paramilitar ou apoiá-la será ilegal
O
Reino Unido vai declarar o grupo paramilitar russo Wagner como uma
"organização terrorista", informou nesta quarta-feira (6) o ministro
britânico da Defesa, Grant Shapps.
"Levando
em consideração as atividades em que estão envolvidos, é importante que, no que
diz respeito ao Reino Unido, seja ilegal fazer parte delas", declarou o
ministro ao canal Sky News.
O
comentário foi feito poucas horas após a imprensa britânica informar que a
secretária do Interior, Suella Braverman, classificará o grupo Wagner como
"ilegal" sob as leis antiterroristas, no mesmo nível dos grupos
Estado Islâmico e Al-Qaeda.
As
novas medidas contra o grupo Wagner serão apresentadas ao parlamento. Após a
aprovação do projeto, ser membro da organização ou apoiá-la será ilegal. Os
bens da organização podem ser considerados ativos decorrentes de ações
terroristas e confiscados.
"O
Wagner é uma organização violenta e destrutiva que serviu como ferramenta
militar da Rússia de Vladimir Putin no exterior", declarou Braverman, de
acordo com a imprensa. "Enquanto o regime de Putin decide o que fazer com
o monstro que criou, as contínuas atividades desestabilizadoras do Wagner
apenas servem aos objetivos políticos do Kremlin".
Sob
a Lei Antiterrorismo, a secretária do Interior tem o poder de proibir uma
organização se considerar que ela está envolvida em terrorismo.
"Eles
são terroristas, simples assim, e esta ordem de proibição torna isso claro na
lei do Reino Unido", acrescentou a BBC, citando a ministra.
As
operações do grupo na Ucrânia, no Oriente Médio e na África, "são uma
ameaça à segurança mundial", afirmou.
Em
julho, o Reino Unido anunciou sanções contra 13 indivíduos e empresas que
afirmou terem ligações com o grupo russo na África, acusando-o de crimes como
assassinatos e tortura.
O
fundador do Wagner, Yevgeny Prigozhin, que morreu em agosto em um acidente
aéreo, também havia sido sancionado pelo Reino Unido, juntamente com vários de
seus comandantes que participaram na guerra russa na Ucrânia.
Prigozhin
morreu dois meses depois de ordenar que suas forças depusessem o comando
militar russo.
(Fonte:
R7)
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