A
facção terrorista Estado Islâmico, também conhecida por Daesh ou ISIS,
responsável pelos recentes atentados no aeroporto de Istambul e de Paris no ano
passado, havia planejado novos ataques contra delegação da França durante os
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, informou um novo relatório oficial da
agência de inteligência do governo francês nesta quarta-feira (13).
A
informação foi anunciada pelo chefe da Direção de Inteligência Militar (DRM),
general Christophe Gomart, durante uma audição, em maio, na comissão
parlamentar de luta contra o terrorismo, responsável por investigar os
atentados de 2015 na França. Na ocasião, os ataques foram reivindicados pelo
Estado Islâmico e deixaram 130 pessoas mortas. O episódio é considerado um dos
mais sangrentos da história recente do país.
Há
indícios de que um brasileiro poderia estar por trás dos ataques, assegurou
Gomart em declaração aos parlamentares. Não se sabe se o brasileiro estaria
sendo treinado remotamente ou em bases locais do Estado Islâmico no oriente
médio. De acordo com a agência ANSA, é provável que ele estivesse fora do
Brasil e já tenha sido detido.
Em
nota, o jornal francês “Libération” afirmou que o diálogo entre Gomart e os
parlamentares não deixam claro a identidade desse suposto brasileiro.
Analistas
afirmam que pela grande concentração de turistas no País, os Jogos Olímpicos do
Rio de Janeiro, que ocorre entre 5 a 21 de agosto, podem ser oportunos para
atentados terroristas.
SEGURANÇA REFORÇADA
A
Abin (Agência de Inteligência brasileira) vem delineando estratégias para
reforçar a segurança durante os jogos. Em Junho, o ministro da Justiça,
Alexandre de Moraes, anunciou que o contingente de soldados da Força Nacional
de Segurança terá um reforço de mil homens de São Paulo para a segurança do Rio
de Janeiro.
Em
abril, a Abin elevou o risco de ataque do Estado Islâmico durante as Olimpíadas
ao constatar aumento no número de cidadãos brasileiros que se aliaram ao
jihadista Estado Islâmico.
O
ministro da Defesa do governo interino de Michel Temer, Raul Jungmann, também
admitiu que o Estado Islâmico é uma preocupação para o Brasil, alertando que
população não deve ignorar as ameaças.
(Fonte: Último Segundo)
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