sábado, 16 de julho de 2016

Estado Islâmico planejou ataques no Brasil, afirma agência francesa

A facção terrorista Estado Islâmico, também conhecida por Daesh ou ISIS, responsável pelos recentes atentados no aeroporto de Istambul e de Paris no ano passado, havia planejado novos ataques contra delegação da França durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, informou um novo relatório oficial da agência de inteligência do governo francês nesta quarta-feira (13).
A informação foi anunciada pelo chefe da Direção de Inteligência Militar (DRM), general Christophe Gomart, durante uma audição, em maio, na comissão parlamentar de luta contra o terrorismo, responsável por investigar os atentados de 2015 na França. Na ocasião, os ataques foram reivindicados pelo Estado Islâmico e deixaram 130 pessoas mortas. O episódio é considerado um dos mais sangrentos da história recente do país.
Há indícios de que um brasileiro poderia estar por trás dos ataques, assegurou Gomart em declaração aos parlamentares. Não se sabe se o brasileiro estaria sendo treinado remotamente ou em bases locais do Estado Islâmico no oriente médio. De acordo com a agência ANSA, é provável que ele estivesse fora do Brasil e já tenha sido detido.
Em nota, o jornal francês “Libération” afirmou que o diálogo entre Gomart e os parlamentares não deixam claro a identidade desse suposto brasileiro.
Analistas afirmam que pela grande concentração de turistas no País, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que ocorre entre 5 a 21 de agosto, podem ser oportunos para atentados terroristas.

SEGURANÇA REFORÇADA

A Abin (Agência de Inteligência brasileira) vem delineando estratégias para reforçar a segurança durante os jogos. Em Junho, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou que o contingente de soldados da Força Nacional de Segurança terá um reforço de mil homens de São Paulo para a segurança do Rio de Janeiro.
Em abril, a Abin elevou o risco de ataque do Estado Islâmico durante as Olimpíadas ao constatar aumento no número de cidadãos brasileiros que se aliaram ao jihadista Estado Islâmico.
O ministro da Defesa do governo interino de Michel Temer, Raul Jungmann, também admitiu que o Estado Islâmico é uma preocupação para o Brasil, alertando que população não deve ignorar as ameaças.

(Fonte: Último Segundo)

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