Em meio à escalada da tensão com a
Ucrânia, a Rússia enviou um novo navio lança-mísseis para a península da Crimeia,
anexada por Moscou em 2014.
O "Orekhovo-Zuyevo"
deixou a cidade de Novorossisk, no Mar Negro, rumo a Sebastopol, um dos
municípios mais importantes da Crimeia. A medida se segue à notícia de que os
Estados Unidos estariam se preparando para mandar um navio de guerra ao Mar
Negro.
A embarcação militar pertence a uma
das unidades mais importantes da Marinha russa, a Frota do Mar Negro, e dispõe
de mísseis de longo alcance, artilharia moderna e sistemas de defesa antiaérea
e antissabotagem.
Em resposta, o Departamento de
Defesa dos EUA anunciou que fará um voo "extraordinário" sobre a
Ucrânia, com base no tratado de céus abertos. O objetivo, segundo o Pentágono,
é "reafirmar o compromisso" de Washington com Kiev e outros
parceiros.
No último dia 25 de novembro, a
Rússia apreendeu três navios e prendeu 24 militares da Ucrânia no Estreito de
Kerch, que liga o Mar de Azov ao Mar Negro e é controlado por Moscou desde a
anexação da Crimeia.
Os ucranianos são acusados de
invadir águas territoriais russas, mas Kiev denuncia uma
"provocação". O caso fez o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko,
decretar lei marcial - quando a autoridade militar substitui a civil - por 30
dias.
Além disso, o Parlamento ucraniano
aprovou nesta quinta-feira (6) a revogação do tratado de amizade entre Kiev e
Moscou, que previa cooperações e parcerias entre os dois países. A Ucrânia
convive até hoje com movimentos separatistas na Bacia do Don, especialmente nas
regiões de Lugansk e Donetsk, que se autodeclararam independentes.
(Fonte: ANSA
/ Notícias ao Minuto)
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