sexta-feira, 16 de outubro de 2020

DESEMPREGO ATINGE 14,4%, MAIOR TAXA DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA


O desemprego avançou para 14,4% na quarta semana de setembro. Com isso, o número de brasileiros que estão sem emprego chegou a 14 milhões. É o maior contingente de desempregados desde o início da pandemia de covid-19.

O impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro foi apresentado nesta sexta-feira (16/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19).
De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego, que era de 10,5% no início da pandemia, avançou de 13,7% para 14,4% só entre a terceira e a quarta semana de setembro, chegando ao maior patamar da série histórica da Pnad Covid-19. Com isso, cerca de 700 mil pessoas entraram na fila do desemprego em apenas uma semana. É que, nesse período, o número de brasileiros desocupados subiu de 13,3 milhões para 14 milhões de pessoas, outro recorde da crise causada pelo novo coronavírus. Coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira comentou que as informações "sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas". Com o aumento do desemprego, o IBGE também constatou um novo recuo na população ocupada. O nível de ocupação saiu de 49,1% para 48,7% na quarta semana de setembro, reduzindo de 78,2 milhões para 77,9 milhões o total de brasileiros que estão ocupados. “Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa", comentou Maria Lúcia.
Ainda há 73,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho e 25,6 milhões gostariam de trabalhar. Dessas, 15,3 milhões disseram que só não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. São pessoas que, segundo os especialistas, tendem a pressionar ainda mais a taxa de desemprego quando voltarem a buscar emprego.
*CORREIO BRASILENSE

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