Em entrevista à revista Veja publicada hoje, Do Val disse que foi chamado para uma reunião no Palácio da Alvorada na qual foi discutida a possibilidade de um golpe de Estado.
O plano era, de acordo com ele: flagrar Alexandre de Moraes falando algo comprometedor e usar a gravação como argumento para prender o ministro do STF, anular as eleições, impedir a posse de Lula e manter o ex-presidente no poder.
Marcos do Val disse ainda que o plano foi relatado ao próprio Alexandre de Moraes por ele.
Na coletiva desta manhã, porém, Do Val atribuiu o plano a uma articulação do ex-deputado federal Daniel Silveira.
De acordo com senador, Silveira teria sido o responsável por convencê-lo e a Bolsonaro a embarcar no que chamou de uma “ação esdruxula”.
“Não houve, eu acho que saiu na imprensa aí que o presidente me coagiu”, afirmou o parlamentar. “O que ficou muito claro para mim era o Daniel tentando achar uma forma de não ser preso de novo […] Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente comprando a ideia dele se um senador aceitasse a missão”.
Daniel Silveira foi preso na manhã de hoje (02) logo após perder o mandato de deputado federal.
Do Val também afirmou que Bolsonaro não impediu Silveira de seguir à frente com o plano. “Ele [Bolsonaro] também não impediu o Daniel. Mas ficou claro que é o Daniel desesperado. O Daniel estava querendo manter o contato dele, querendo ser o chefe de gabinete do Magno Malta, e ele queria ficar no Congresso, para manter o network”, disse.
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