Os trabalhadores da montadora chinesa BYD, em Camaçari, mantêm a greve pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (3). A paralisação, iniciada na terça-feira (2), integra uma convocação nacional do Movimento Luta de Classes (MLC) e tem como eixo central a rejeição à escala 6x1 adotada pela empresa, somada a críticas às atuais condições de trabalho no canteiro de obras.
Entre as principais reivindicações, os operários cobram o pagamento do adicional de insalubridade, melhorias nos banheiros e na limpeza, combate ao assédio moral, regularização de benefícios atrasados, além de ajustes estruturais, como a instalação de bebedouros, vestiários e fumódromos. Também solicitam aumento dos auxílios alimentação e transporte, além da ampliação da frota de ônibus internos, alegando longas distâncias percorridas a pé dentro do complexo industrial.
A mobilização continua reunindo centenas de trabalhadores, especialmente da construção civil, que permanecem concentrados na área externa da fábrica enquanto aguardam que a BYD estabeleça uma mesa de diálogo. Até o momento, a empresa ainda não divulgou posicionamento público sobre a paralisação ou sobre as solicitações apresentadas pelos manifestantes.
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