(Crédito: Shutterstock.com).
Todos os números ainda são modestos e não condizem com a importância do programa
Enquanto o Brasil envia bolsistas do Ciência sem Fronteiras para estudar em algumas universidades estrangeiras de pior qualidade, renomadas instituições federais têm vagas disponíveis que não são preenchidas no programa de intercâmbio estudantil que existe dentro do País. Segundo informações do jornalO Estado de S.Paulo, por desconhecimento e pouca divulgação nas instituições, menos de 1% dos universitários brasileiros participa doPrograma Nacional de Mobilidade Estudantil, criado há seis anos.
O levantamento dos dados foi realizado com a consulta de 12 instituições federais de referência nas cinco regiões do Brasil, já que inexistem dados consolidados do programa. As universidades consultadas são representativas. Elas concentram quase 40% do orçamento total de 2013 repassado para as 59 federais.
"Mesmo sendo uma amostra, o resultado do levantamento confirma a nossa percepção de que o programa, mesmo sendo muito importante, é pouco utilizado", diz Gustavo Balduíno, secretário executivo da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), gestora do programa.
Segundo ele, os alunos não têm conhecimento apropriado da mobilidade por falta de divulgação, além das greves que sempre interferem na expansão do programa. Esses seriam alguns dos fatores que justificam a baixa adesão. Em média, cada unidade envia por ano pouco mais de 18 alunos para o intercâmbio semestral em outra federal.
A análise dos dados mostra que, das instituições consultadas, a UFMG (Federal de Minas Gerais) é a que mais envia alunos para estudar em outra instituição do País: 50 alunos em média.
Entre as universidades que mais receberam estudantes em 2011 (os números de 2012 não são representativos por causa da greve dos professores federais que ocorreu ao longo do ano), a UFRGS (Federal do Rio Grande do Sul) foi a campeã. A instituição recebeu 149 alunos vindos de todo o Brasil, a maioria estudantes cariocas e mineiros.
"Todos os números ainda são modestos e não condizem com a importância do programa", afirma Rui Vicente Oppermann, vice-reitor e pró-reitor de Coordenação Acadêmica da UFRGS. Segundo ele, o "programa Andifes" - como é conhecido -, deveria ser adotado pelo MEC (Ministério da Educação).
Fonte: Universia Brasil
0 comments: