A presidente Dilma Rousseff classificou a suspeita de espionagem na rede de computadores da Petrobrás como uma prática movida por “interesses econômicos e estratégicos”. A violação teria sido feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA. Dilma condenou a atitude em nota divulgada ontem, quatro dias após ter ouvido do colega americano Barack Obama que a tentativa de monitorar as comunicações brasileiras “só traz custo”. Na nota oficial, a presidente afirmou que a Petrobrás não representa ameaça à segurança de qualquer país, mas, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio brasileiro. Desde quando vieram à tona documentos secretos apontando que a NSA havia monitorado e-mails de Dilma e de seus principais assessores, no início do mês, o governo já desconfiava de que os alvos da espionagem eram as reservas do pré-sal.
“Se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos”, escreveu a presidente na nota. “Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas.” A jornalistas, Dilma afirmou que o monitoramento da Petrobrás “é tão grave quanto” a violação de suas correspondências. A reportagem que apontou a Petrobrás como alvo foi exibida no domingo pelo Fantástico, da TV Globo. Leia mais no Estadão.
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