Uma das principais estrelas do "feirão" de deputados para as eleições de 2014, o ex-atacante da seleção brasileira de futebol Romário (RJ) anunciou nesta quinta-feira (26) que está de volta aos quadros do PSB.
O retorno foi motivado com a promessa de que vai disputar a Prefeitura do Rio em 2016 e também com a entrega do comando do diretório do partido no Rio em suas mãos.
Ao assinar a nova filiação, Romário informou que uma de suas primeiras ações será o PSB deixar o governo Sérgio Cabral e entregará os cargos nos próximos dias.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O deputado Romário, durante cerimônia de refiliação ao PSB, ao lado do presidente do partido, Eduardo Campos |
Romário, que cumpre seu primeiro mandato, tinha saído do PSB no mês passado. Nos últimos dias, ele havia sido anunciado como "reforço" do PR de Anthony Garotinho, e também foi apontado por dirigentes do recém-criado Pros como "99,9%" da legenda.
"É um momento especial como político poder fazer parte do novo PSB, do diferente no Rio de Janeiro", disse. "Eu acredito que a partir de hoje terei um pouco mais de trabalho do que antes, mas a política é uma coisa que me envolveu, me apaixonei e terei muito prazer, muita honra que o PSB do Rio de Janeiro tenha uma nova cara, uma nova roupagem", completou.
Ele defendeu que o PSB tenha mais independência no Estado. "Um pedido que eu farei [para comissão local] é que a gente desembarque do governo Cabral para ter independência, e que a gente entregue todos os cargos, se existem, para o governador ", disse.
O ex-jogador afirmou que poderá disputar no ano que vem uma reeleição à Câmara ou uma vaga ao Senado, mas que o futuro será definido pelas pesquisas.
Entre os motivos para Romário deixar o PSB estavam o desentendimento com o ex-presidente da legenda no Estado, Alexandre Cardoso, prefeito de Duque de Caxias, e ainda um relacionamento conturbado com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que controla o PSB.
Hoje, Campos esteve em Brasília para participar das negociações para a volta de Romário e acompanhou a assinatura da ficha de filiação e a entrevista coletiva.
O deputado evitou falar do mal-estar, mas disse que se tivessem tido uma aproximação não teria deixado o partido. "Hoje aqui não é dia de a gente ficar falando das coisas que passaram, dos motivos que fizeram com que eu saísse".
O político achava que o partido não dava espaço para suas causas. Em dezembro, ele obteve mais de 180 assinaturas de parlamentares para abrir a CPI que investiga os gastos da CBF.
O deputado foi uma das surpresas na pesquisa Datafolha sobre a próxima eleição a governador. Ele obteve 8% das intenções de voto, o mesmo índice de Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato apoiado pelo governador Sergio Cabral.
Em 2010, Romário foi o sexto candidato a deputado federal mais votado no Rio, com mais de 146 mil votos.
Informaçoes do Folha
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