A vitória da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) para a Assembleia Nacional foi anunciada pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena. Em pronunciamento em rede nacional, o atual presidente Nicolas Maduro reconheceu a vitória da oposição sobre a sua formação política, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
“Vimos com a nossa moral, com a nossa ética, reconhecer estes resultados adversos, aceitá-los e dizer à Venezuela que a Constituição e a democracia triunfaram”, afirmou.
O boletim oficial anuncia 99 deputados para os opositores contra 46 para o 'chavismo'. Até agora, a oposição tem maioria simples. Ainda há 22 cadeiras a serem definidas.
Dependendo dos resultados, a oposição terá a maioria qualificada, exercendo grande poder sobre o país. O presidente declarou que o resultado é uma vitória da democracia e serve para "acordar" o chavismo, que perderá a hegemonia mantida por 16 anos. Também disse que foi uma vitória cirscunstacial da "guerra economica" contra o governo venezuelano.
Atraso no encerramento
O fim das eleições foi marcadas por polêmica. As autoridades prorrogaram o período de votação por uma hora para darem o direito de voto a todas as pessoas que ainda estavam na fila.
Embora o CNE tenha anunciado o fim das eleições às 18h (20h no horário de Brasília), depois disso ainda era possível encontrar sessões abertas.
Ex-presidentes acompanhavam as eleições como observadores políticos a convite da MUD e criticaram a decisão do conselho. Após as críticas, as credenciais de Jorge Quiroga (Bolívia), Andrés Pastrana (Colômbia), Mireya Moscoso (Panamá), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Laura Chinchilla (Costa Rica) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) foram retiradas.
As normas eleitorais venezuelanas impedem que as urnas sejam fechadas enquanto ainda existirem eleitores para votar.
*Com informações da Agência Brasil e Globo News
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