A falta de combustível,
causada por um erro de cálculo do piloto, pode ter motivado a queda da aeronave
LaMia, que transportava a delegação do Chapecoense e caiu, a cerca de 17
quilômetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, onde pousaria. O avião decolou
de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ao todo, 71 pessoas morreram e seis
conseguiram sobreviver.
A hipótese começa a
ganhar força entre os especialistas. As duas caixas-pretas já foram localizadas
e devem ajudar a esclarecer as causas do acidente. Segundo matéria da TV Globo,
em uma delas está gravada a conversa do piloto com a torre de controle do
aeroporto, nos últimos trinta minutos antes da queda, e na outra estão
registrados todos os comandos do voo.
Embora as autoridades
colombianas estejam cautelosas e não queiram divulgar qualquer especulação
sobre as causas do acidente, o que se sabe é que, entre as cidades de La Ceja e
La Unión, o piloto declarou situação de emergência.
O aviso de emergência
significa que o avião passava por dificuldades, mas não que estivesse
necessariamente em situação desesperadora. Uma outra aeronave, um Airbus A320,
também estava em emergência e com vazamento de combustível. Teve, então,
prioridade para pousar.
Segundo testemunhas, o
avião da LaMia teria dado duas voltas, procedimento normal antes do pouso, e só
depois relatou para a torre que estava com pane elétrica. Se isto era verdade
ou se o avião já estava com falta de combustível, apenas as caixas pretas
poderão esclarecer.
De acordo com a revista
Época, o site especializado FlightRadar24 informou que a aeronave percorreu
2.975 quilômetros antes de desaparecer. É uma distância maior que a autonomia
desse tipo de avião: 2.964 quilômetros (um valor de referência sujeito, sempre,
às condições de voo).
O piloto Miguel
Queiroga, que morreu no desastre, era o dono da companhia LaMia e, segundo o
diretor da empresa, era bastante experiente. As autoridades bolivianas ainda
informaram que a manutenção e a documentação da aeronave estavam em dia.
(Fonte: Notícias ao Minuto)
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