quarta-feira, 31 de maio de 2017

JBS, Petrobras, Odebrecht, Oi, EBX… O que houve com as “campeãs nacionais” da Era PT?

No governo, o PT estabeleceu uma política que recebeu o nome genérico de “campeões nacionais”, consistindo na aposta em grandes empresas, transformando-as em estruturas ainda maiores. Os principais expoentes são Petrobras, Odebrecht, JBS, Oi e EBX.
Economicamente, seria tragédia anunciada, pois uma coisa é fortalecer um setor e outra, bem diferente, é fortalecer apenas uma empresa ou pequeno grupo. Deu no que deu. E, para piorar, com circunstâncias não exatamente positivas para além do campo econômico.
Vamos a elas.

PETROBRAS

Epicentro da Lava Jato – em cujo início era chamada de “Petrolão” -, em 2010 a empresa era a segunda maior do mundo no setor energético. Líder mundial em exploração nas águas profundas, também em 2010 realizou a maior capitalização do planeta, de R$ 127,4 bilhões, dobrando recorde de então. Em 2014, teve prejuízo de R$ 21,8 bilhões. Em 2015, de 34,8 bilhões. A companhia agora se recupera mediante austeridade administrativa.

ODEBRECHT

A maior empresa de um setor gigante (construção civil), também atua em outras áreas, como o setor petroquímico (Braskem, com a Petrobras). Contratos da companhia teriam dado prejuízo de mais de R$ 5 bilhões à Petrobras. Em 2014, a Odebrecht lucrou R$ 493 milhões. Em 2015, teve prejuízo de R$ 297,72 milhões. Seu dono, Marcelo Odebrecht, encontra-se preso.

JBS

De um açougue em Anápolis (GO) à liderança global no setor de carne e também dona de bancos. O crescimento do grupo ocorreu de maneira sustentável/razoável até 2007. Dali em diante, já com porte razoável, veio o salto, devidamente amparado pelo BNDES. Foi quando a companhia comprou a norte-americana Swift por US$ 1,4 bilhão, e daí em diante adquiriu vários outros gigantes do setor, liderando também o segmento da carne de aves. Trata-se da maior doadora de campanhas eleitorais, com cerca de meio bilhão de reais doados em 8 anos. Seus sócios, diante de denúncias e investigações correntes, propuseram delação premiada, que foi aceita e agora estão em liberdade. O grupo transformou-se em gigante mundial com ajuda do BNDES, mas 80% de seu faturamento está fora do Brasil.

OI

Nascida na privatização do setor telefônico, surgiu como Telemar (adquirente da então Tele Norte Leste), abrangendo 64% do território nacional. O consórcio vencedor era formado pela construtora Andrade Gutierrez e pelo grupo La Fonte. Em 2005, o grupo fez um aporte de R$ 5 milhões na empresa do Lulinha, a Gamecorp. Em 2008, adquiriu a Brasil Telecon, criando a “Supertele” – algo possível por conta da uma alteração na Lei Geral de Comunicações. Em 2016, registrou prejuízo altíssimo e atualmente a companhia está em recuperação judicial.

EBX

O “grupo X”, de Eike Batista, foi certamente o mais midiático de todos os outros. O empresário era aplaudido como símbolo, exemplo e assim por diante. Deu no que deu. Suas ações chegaram a perder 90% do valor e hoje o dono da empresa está em prisão domiciliar.

PORTANTO…

O plano das “campeãs nacional”, antes de tudo, foi um fracasso econômico. A interferência estatal nunca é benéfica, menos ainda quando se trata de mover peças tão gigantes. Deu no que deu. E, para piorar, circunstâncias deploráveis em todos os casos.
Fonte: Implicante

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