sexta-feira, 9 de novembro de 2018

JOSÉ MOURINHO ESTEVE A UM 'POWERPOINT' DO BARCELONA, MAS CLUBE PREFERIU CONTRATAR GUARDIOLA


No duelo entre Manchester City e Manchester United, neste domingo à tarde, José Mourinho e Pep Guardiola vão se enfrentar pela 22ª vez como treinadores de times opostos. De acordo com o jornal inglês The Mirror, um fato ocorrido há pouco mais dez anos quase nos privou dessa rivalidade.
Em 2008, quando Frank Rijkaard se preparava para uma segunda temporada sem troféus no Nou Camp, os chefes do Barcelona decidiram que bastava. O holandês seria demitido e a lista de potenciais substitutos consistia em dois nomes: Mourinho e Guardiola.
"Lentamente, mas com firmeza, estávamos indo na direção errada. A segunda temporada em que estive aqui - Frank Rijkaard ainda estava no comando - é, penso eu, uma das piores temporadas da história recente de Barcelona, ​​onde terminamos em terceiro. Não foi bom o suficiente para as pessoas normais aqui estabelecidas, não boas o suficiente para o clube e não boas o suficiente para os jogadores que tivemos. Algo teve que mudar", lembra Eidur Gudjohnsen.
Os dois homens estavam disponíveis, já que Mourinho havia deixado o Chelsea no ano anterior, enquanto Guardiola estava no comando do Barcelona B.
"Ele [Mourinho] é um vencedor e parecia uma escolha mais segura, porque ele era uma grande marca, foi recentemente treinador do Chelsea e ele estava no mercado", diz o ex-vice-presidente Marc Ingla.
Uma reunião foi organizada e Mourinho fez uma apresentação em PowerPoint para mostrar como ele implementaria sua formação privilegiada em 4-3-3. O português não era estranho ao Barcelona, ​​tendo sido uma parte fundamental do staff de bastidores de Bobby Robson durante a passagem do inglês como treinador no Camp Nou. Foi lá que ele treinou, entre outros, um jovem Guardiola.
"Mourinho nos ajudou muito quando éramos jogadores jovens; [Louis] Van Gaal muitas vezes o mandou para treinar no Barça B", disse o ex-capitão do clube Xavi, em um novo documentário sobre a passagem de Guardiola em Barcelona.
"A roda de 'bobinho', posse de bola, segurando a bola, jogo posicional; nós trabalhamos em tudo isso com Mourinho. Mas quando ele foi para o Chelsea, a filosofia mudou. É um estilo muito diferente do futebol que jogamos no Barça."
Os sentimentos de Xavi foram compartilhados por alguns membros da hierarquia do clube, mas vários diretores continuaram decididos a indicar Mourinho. "Foi um processo longo, porque havia membros do conselho que queriam José", diz o ex-presidente Joan Laporta. "Eles argumentaram que precisávamos de um treinador que obtivesse resultados rapidamente".
Em última análise, no entanto, foi a opinião de Johan Cruyff, que mudou a decisão a favor de Guardiola. "Queríamos permanecer fiéis à filosofia de Cruyff. Eu perguntei [aos diretores] se Pep estava pronto e tanto Txiki Begiristain quanto Johan, que o viram regularmente, disseram que ele estava. O agente do Mourinho [Jorge Mendes] chamou-me e perguntou: 'Vai nomear o Mourinho, porque se está interessado, precisamos de falar' e eu disse-lhe: 'Não, Jorge, escolhemos o Pep Guardiola'", acrescenta Laporta.
Dois anos depois de Rijkaard ter levado o Barcelona à vitória na final da Liga dos Campeões contra o Arsenal, ele foi demitido. "Eu disse a Pep que queria que ele fosse o próximo técnico", diz Laporta. "Nós estávamos almoçando e ele disse para mim, meio brincando: 'Se você me nomear como treinador eu vou ganhar tudo para você'. Ele honestamente disse isso!"
Em três anos, Guardiola venceu mais de 13 troféus como comandante do Barcelona. Mourinho, entretanto, assumiu o comando da Inter de Milão no mesmo ano, começando uma rivalidade que completa mais de uma década.

(Fonte: ESPN)

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