O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), 41 anos, foi eleito presidente do Senado neste sábado (2.jan.2019). O demista recebeu 42 votos e comandará a Casa pelos próximos 2 anos.
A votação precisou ser realizada duas vezes. Na 1ª, foram identificados 82 votos (sendo que só há 81 senadores). Assim, a eleição foi anulada e refeita.
Na 2ª votação, que resultou na vitória do amapaense, 77 senadores votaram. Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDB-PA) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE) não foram à urna.
Durante a 2ª votação, o senador Flávio Bolsonaro declarou voto em Alcolumbre, principal adversário de Renan Calheiros (MDB-AL). Contrariado, o senador alagoano afirmou que a abertura dos votos infringia a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, de que a eleição deveria ser realizada com voto secreto, e retirou o seu nome da disputa.
Foram mais de 7 horas de discussão. Na 6ª feira (1º.fev), a sessão já havia sido suspensa depois de 5 horas de debates acalorados entre os congressistas, que tumultuaram as discussões.
OS CANDIDATOS
A disputa pela presidência chegou a ter 9 candidatos neste sábado. Calheiros (que teve 5 votos) era o favorito, seguido por Alcolumbre.
O amapaense era o preferido do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a quem Calheiros atacou hoje em sua fala. “A democracia tolera Onyx, porque a democracia é tolerante”, disse o emedebista.
A disputa no Legislativo é crucial para o Planalto. Os presidentes das duas Casas podem embalar ou atrapalhar o governo. Os chefes do Legislativo têm autoridade para definir a pauta de votações, influir na escolha de relatores de propostas importantes e emperrar ou autorizar a abertura de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito).
Ao longo da tarde, antes das votações, Alvaro Dias (Podemos-PR), Simone Tebet (MDB-MS) e Major Olímpio (PSL-SP) retiraram suas candidaturas em uma tentativa de aumentar as chances de 1 adversário derrotar Calheiros.
Após a desistência de Renan, restaram 5 candidatos na disputa:
- Davi Alcolumbre (DEM-AP): 42 votos;
- Esperidião Amin (PP-SC): 13 votos;
- Reguffe (sem partido-DF): 6 votos;
- Ângelo Coronel (PSD-BA): 8 votos;
- Fernando Collor (Pros-AL): 3 votos.
*PODER360 / edição Outro Olhar Amargosa
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