domingo, 28 de março de 2021

COLUNISTA DA FOLHA PROPÕE GOLPE MILITAR CONTRA JAIR BOLSONARO

Mario Sergio Conti, colunista da Folha de São Paulo, propõe em artigo publicado nesta sexta-feira (26) um golpe militar para derrubar o presidente da República, Jair Bolsonaro.

No texto para assinantes intitulado “Nata militar poderia, sim, derrubar Bolsonaro, mas precisaria ter coragem”, o jornalista faz alusão à Operação Valquíria, de 1944, que tinha objetivo de assassinar Adolf Hitler.

Na edição impressa do jornal, o texto de Conti leva outro o título: “O pocotó das valquírias”. Conti faz menção ao conde e coronel do exército alemão, Claus von Stauffenberg, líder de uma tentativa malsucedida de assassinar Hitler em julho de 1944. O coronel acabou sendo executado pelos nazistas.

“O patriciado militar, que festejara ruidosamente a ascensão nazista, veio a se horrorizar com o ímpeto genocida de Hitler. Como não havia espaço político para mobilizar a opinião pública e barrá-lo, um grupo de oficiais organizou um atentado e um golpe de estado, a Operação Valquíria”, escreve o jornalista.

Ainda de acordo com ele, “a Alemanha de 1941 e o Brasil de 2021 não têm coisa alguma em comum” e “Hitler e Bolsonaro são animais heteróclitos, por mais que o capitão ame o cabo”.

O jornalista diz que Bolsonaro é um “assassino em massa” que precisa ser retirado do Planalto para “estancar uma carnificina em andamento”.

“A sério: nossas valquírias até poderão conseguir a cabeça de uma dessas mulas sem cabeça que assombram Brasília. Botarão um jumento sem cabeça no seu lugar, farão bons negócios —e vida que segue. Isso é o oposto exato de estancar a carnificina em andamento. Para tanto, seria preciso tirar o assassino em massa do Planalto”.

Por fim, termina o texto afirmando que a “nata militar” poderia, sim, derrubar o presidente, e descreve como:

“A nata militar poderia, sim, derrubá-lo. Mas ela teria de ter aquilo que sobrava entre os da estirpe de Stauffenberg —coragem, noção de pátria, civismo, a crença que a derrota é o de menos. Numa palavra, heroísmo. Ao receber a ordem de fechar o Congresso, o herói responderia ao vilão: ‘Não. O senhor e sua família têm uma hora para ir ao aeroporto, onde um avião da FAB os levará a Israel. Se se recusar, será preso, processado e julgado por genocídio'”.

*Terça Livre

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