“Quanto mais policial na rua, mais o risco de morte acontece. Eu atribuo a isso. É a única explicação que encontro para a morte de policiais. Infelizmente é a maior vítima dessa guerra. Depois, é o traficante, que também é uma vítima: é [por exemplo] o menino largado na favela quando crianças. Ele não ia achar emprego para ganhar R$ 4 mil”.
Entre sábado e segunda, foram executados os soldados Joanilson da Silva Amorim (Petrolina), Antonio Elias Matos Silva (Porto Seguro) e o tenente Mateus Grec (Cosme de Farias, em Salvador). “É ir para rua e não morrer. Infelizmente acontece. Eles têm autorização legal para matar quem agride eles. Não tenho mais nada para fazer, só se fosse inventar”, completou o titular da SSP.
De acordo com dados oficiais da PM, em 2021, são 19 policiais militares mortos, sendo oito de serviço, seis de folga e 5 da reserva. No ano de 2020 foram 13, sendo um de serviço e 12 de folga.
Para Ricardo Mandarino, que é juiz federal aposentado, a saída é a regulamentação das drogas. “Se você regulamentasse as drogas, tributando, quebra o tráfico. Não vão mais matar as pessoas. Aí você tributava, pegava o dinheiro e construía hospitais para drogados. 80% dos homicídios têm relação com o tráfico. Vou fazer o que é possível. Polícia de estado não é para matar ninguém”.
O titular da SSP ainda mandou um recado: “fumar é brega, é cafona. Você é ridículo, babaca, otário. Quem compra a droga? Os ricos. A sociedade precisa parar com essa hipocrisia. Quando debatemos isso, aparecem vários idiotas”.
Fonte: Aratuon
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