O texto de Calheiros foi aprovado por 7 votos a 4. O placar já era esperado e reflete a composição da comissão, que sempre teve maioria oposicionista e espaço reduzido para os parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro.
Ao final de seis meses de trabalho, a CPI da Covid pediu o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. Entre os alvos dos pedidos de indiciamento, está o presidente Jair Bolsonaro, acusado por pelo menos nove crimes.
Há também pedidos de indiciamento de ministros do atual governo, ex-ministros, três filhos de Bolsonaro, deputados federais, médicos, empresários e do governador do Amazonas, Wilson Lima.
O relatório foi aprovado depois de mais de sete horas de discussão na comissão, que teve de fazer dois intervalos ao longo do dia.
Pouco antes da aprovação do relatório final, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), resumiu o que foram esses seis meses de trabalho da comissão. “Essa CPI não apurou fatos, não buscou evidências, escondeu provas, dificultou o acesso dos investigadores, protegeu acusados de corrupção no Consórcio Nordeste e nos governos estaduais”, afirmou. “Ao final, votamos um relatório que é fruto de uma narrativa contra adversários políticos. Aqui bandidos foram tratados como heróis, e homens e mulheres que se dedicaram ao Brasil foram tratados como bandidos.”
Veja como foram os votos na comissão
A favor do relatório
Eduardo Braga (MDB-AM)
Humberto Costa (PT-PE)
Omar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Contra o relatório
Eduardo Girão (Podemos-CE)
Jorginho Mello (PL-SC)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Marcos Rogério (DEM-RO)
*Revista Oeste
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