O embaixador da Argentina, Daniel Scioli, encontrou-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a cooperação econômica entre os países. Entre os assuntos, estava a possibilidade de criação de uma “moeda única” para o Mercosul. Scioli e Haddad se reuniram na terça-feira 3.
O embaixador ressaltou que o objetivo da medida é “fortalecer o intercâmbio comercial no bloco e ampliar a união latino-americana”. Segundo ele, Haddad teria um “compromisso muito real com o objetivo da moeda única”, além de ser um economista que tem uma “visão muito produtivista”.
Scioli explicou que a ideia não é que os países abandonem suas próprias moedas, como ocorreu com os membros da União Europeia, mas que a unidade forneça uma “base para a integração entre os países”.
Moeda única não foi a única pauta
Outros temas abordados na reunião foram os avanços comerciais entre os países, com foco nas integrações energética e financeira. “Foi bom o encontro com o ministro Haddad, para falar sobre as políticas acordadas pelo presidente Lula e pelo presidente Alberto Fernández”, disse o embaixador. Entre essas políticas, está o financiamento do gasoduto NK, com dinheiro do BNDES.
A parceria entre os países parece se estreitar agora com a convergência ideológica dos dois governos. Para Scioli, “o Brasil é o parceiro número um da Argentina”. Os objetivos ainda não estão claros, mas Scioli afirmou que ambos vão buscar “fortalecer a região e a complementação”, no contexto atual, que ele caracterizou como “crise da globalização”.
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