Inestimável
Leitor, a nossa intenção é tentar engendrar uma concisa reflexão tática, logo,
deixemos para outro ensejo a passagem de Guardiola pelo Bayern, a propósito,
quem quiser entendê-la, leia o livro Guardiola Confidencial de Martí
Perarnau. Voltemos ao nosso mote reflexivo. Guardiola foi contratado pelo
Manchester City em fevereiro de 2016. Nos Citizens, diferentemente do
Bayern, não existia a prerrogativa única de medir o sucesso profissional com o
êxito na Champions League. Guardiola chega no City tendo a incumbência
de “solidificar” tal clube no cenário inglês e posteriormente na Europa. Na
temporada de estreia na Liga Inglesa, o time azul de Manchester atingiu
o 3º lugar, mas, seguidamente, houve o alcance do bicampeonato e, no plano
hodierno, ostenta um tricampeonato. O trunfo de 6 títulos seguidos só não foi
consumado, porque o Liverpool fez uma campanha fantástica em 2020. Façamos uma
menção especial à performance na temporada 2017-2018, quando o Manchester City estabeleceu
a marca de 100 pontos, algo inédito na história do futebol inglês.
É
notório que a Premier League é o campeonato nacional mais competitivo do
mundo, por conseguinte, não demoraria para que o City começasse a se impor na Liga
dos Campeões, haja vista, o vice-campeonato em 2021 e a condição de
semifinalista em 2022. Diante do “insucesso” na esfera europeia, uma falácia
que tentava diminuir a genialidade de Guardiola, emanava: “Guardiola não ganha
Champions sem Messi, Xavi e Iniesta”. Com o título invicto na maior e melhor
competição de clubes do mundo, este argumento infundado evaporou. Guardiola não
necessitava vencer a Champions League pelos Citizens para provar
o seu status de gênio, mas com tal triunfo, a mínima dúvida sobre sua
capacidade não tem mais sentido. Para quem gosta de estatística, Guardiola
amealhou mais um triplete (Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e Liga
dos Campeões) na carreira, único técnico no futebol europeu com essa marca no
currículo.
(Tosta
Neto, 19/06/2023)
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