Prefeitos de regiões do Nordeste, que apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, estão manifestando descontentamento devido à redução de recursos municipais. Áudios de prefeitos baianos e um vídeo de um prefeito paraibano destacaram o mal-estar político causado pela situação. A insatisfação tem se espalhado nos últimos meses, gerando preocupações em várias partes do país.
Na Bahia, o prefeito de Itapebi, Juarez Oliveira, foi enfático em suas críticas, comparando a situação atual com discursos anteriores sobre o governo Bolsonaro. Oliveira expressou indignação em relação aos cortes nos recursos, afirmando que os municípios estão enfrentando dificuldades e acusando o governo Lula de prejudicar as administrações municipais.
Luciano Francisqueto, prefeito de Itabela, outra cidade na Bahia, também lamentou a queda nas receitas municipais. Ele responsabilizou o governo federal pelos cortes nos repasses, incluindo o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), royalties e recursos do FUNDEF. Francisqueto criticou a gestão de Lula, chegando a se referir ao governo como "mata prefeito", alegando que o mesmo está prejudicando os municípios.
O prefeito de Remígio, da Paraíba, André Alves, que apoiou Lula nas eleições de 2022, expressou seu arrependimento diante da diminuição de recursos municipais. Alves relatou que a cidade sofreu uma perda de aproximadamente R$ 300 mil em recursos. Ele comparou a situação atual com a gestão anterior de Jair Bolsonaro, lembrando de tempos em que a cidade recebia mais recursos e não enfrentava atrasos nos pagamentos.
Esses relatos refletem um sentimento crescente de descontentamento entre os prefeitos do Nordeste que antes apoiavam Lula, evidenciando preocupações sobre o impacto das políticas federais nas finanças municipais e levantando questões sobre o relacionamento entre o governo central e as administrações locais.
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