quinta-feira, 2 de novembro de 2023

A GUERRA ESPIRITUAL: ARCANJO MIGUEL X DRAGÃO VERMELHO

Há tempos, nos recônditos campos da inconsciência, há um embate ferrenho, a Guerra Espiritual entre o Arcanjo Miguel e o Dragão Vermelho, em contrapartida, para os néscios do materialismo, tal contenda jamais existiu. De maneira geral, a luta protagonizada pelos arquétipos supracitados é algo constante na história, contudo, apenas aqueles conectados à espiritualidade percebem as suas dimensões. Por mais que exista a vitória do Bem, uma batalha sucede a outra num movimento cíclico, cujo resultado pode interferir no equilíbrio metafísico e moral do Ocidente. Antes de narrarmos a peleja em si, faremos uma breve apresentação dos combatentes.

Na hierarquia angelical, o Arcanjo Miguel ocupa uma posição de destaque. A priori, o nome Miguel quer dizer: “aquele que é semelhante a Deus”; este sentido está contido no termo latino Quis ut Deus. Miguel é por excelência um guerreiro: sua destreza no front o fez adquirir a patente de general, haja vista na épica batalha apocalíptica, quando liderou as tropas de Deus contra as hordas do demônio. O Arcanjo Miguel personifica os valores divinos, entre os quais, a sabedoria, a verdade e a bondade. O arcanjo em questão é o sumo da espiritualidade, condição imprescindível para conceder um sentido à existência, por conseguinte, sem uma vida espiritual, o homem é um ser amorfo e vazio. Diariamente, necessita-se do escudo do Espírito Santo para se defender das artimanhas diabólicas da ideologia, do materialismo e da luxúria.

Por sua vez, o Dragão Vermelho é a representação daquilo que é corpóreo e desprovido de moralidade. Apesar do empenho ininterrupto do Arcanjo Miguel, o Dragão Vermelho vive como um parasita nos corações humanos, corroendo os valores que os norteiam. O Dragão Vermelho é a própria ideologia que cega as pessoas e divide a sociedade em classes, posicionando homem contra mulher, pais contra filhos, ricos contra pobres etc. Tal monstro utiliza um estratagema bastante conhecido: “dividir para dominar’’. Ademais, o Dragão Vermelho age para construir um meio social deveras pervertido, cuja atuação visa consolidar uma valoração rebuscada de hedonismo, ideologias e relativismo. Não esqueçamos que o Dragão Vermelho tem como afã negar o paraíso espiritual em detrimento de um mundo utópico, igualitário e comunista. É válido enfatizar que o inimigo das Hostes Divinas luta ferozmente para derrubar o principal pilar do mundo ocidental: a tradição judaico-cristã.

Prezado Leitor, doravante, redobre a atenção, pois a luta começará. Os portões do Coliseu são abertos. A plateia se acomoda. O silêncio impera no mundo mental. Miguel Arcanjo e Dragão Vermelho entram na arena. A maioria do público não conseguiu enxergar o Arcanjo General. A trombeta anuncia o princípio do combate. Sem respeitar os preceitos do jogo, o Dragão Vermelho joga areia nos olhos de Miguel, este último, antecipa-se à artimanha e desvencilha-se com facilidade. O Baluarte do Céu sabia que o oponente, por ser imoral, não respeitaria as regras. A luta prossegue e o Dragão Vermelho, com uma adaga escondida, tenta distrair o Arcanjo com discursos ideológicos para apunhalá-lo pelas costas. Munido pelo Espírito Santo, Miguel dissipa todas as falácias do adversário. Em seguida, o Dragão Vermelho cospe bolas de fogo, todavia não acertou o Anjo, porque ele não é material. Por fim, o Arcanjo Miguel desembainha a sua espada e derrota o Dragão Vermelho com um sutil movimento.

Notadamente, como diria Chesterton, é possível vencer os dragões, os quais, atormentam a nossa alma com mentiras, ódio e ressentimentos. O Dragão Vermelho perdeu, mas não foi morto, porque São Miguel tinha consciência que tal empreitada seria feita somente por Deus. Defronte ao mal, não podemos baixar as nossas armas e devemos manter o nosso âmago unido ao Espírito Santo. Apenas a espiritualidade nos conserva firmes perante as legiões malignas. Sabe-se que o Dragão Vermelho odeia Deus e tudo que Ele representa. Estamos a presenciar uma guerra espiritual e silenciosa, cujo antagonista quer destruir todos os valores que nos sustentam. Não podemos renunciar à nossa fé, logo, só assim, teremos a devida força para resistir aos “encantos’’ do Dragão Vermelho. Enfim, ungidos por Deus e sob a liderança do Arcanjo General das Hostes Celestiais, não permitiremos que o Dragão Vermelho parasite o nosso espírito e o nosso coração.

(Tosta Neto, 02/11/2023)

 

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