Um dos 16 alvos da operação é o influenciador fitness Renato Cariani, que tem 7,4 milhões de seguidores no Instagram. Sócio de uma das empresas investigadas, ele afirma ter sido surpreendido com a ofensiva. Cariani disse ainda que não teve acesso ao conteúdo das investigações.
Segundo o influenciador, a companhia foi fundada em 1981 e é controlada por sua sócia, de 71 anos. "Tem sede própria, todas as licenças, certificações nacionais e internacionais. Trabalha totalmente regulada", disse, em vídeo publicado nas redes sociais.
Horas depois que o valor era depositado falsamente no nome das multinacionais, os desvios dos insumos eram realizados - alguns deles eram produzidos pelas próprias empresas, enquanto outros vinham de fornecedores.
A ideia dos suspeitos, segundo Vivaldi, seria não levantar suspeitas da Polícia Federal e de outros órgãos de controle, como a Receita. "Utilizando o nome dessas outras empresas fica cada vez mais difícil comprovar o elo do destinatário final, que seria contrabandista de droga", disse o delegado. "Esses produtos também são utilizados para fins farmacêuticos, por exemplo, para produção de remédios."
No entanto, conforme o delegado, os investigadores observaram ao longo da investigação que operações financeiras desse tipo "fogem completamente dos padrões" dos processos adotados por grandes farmacêuticas, por motivos de compliance e política organizacional. E passaram a investigar o grupo de 16 pessoas mais a fundo, coletando provas. "É um esquema bem sofisticado", disse.
Conforme o delegado, além dos mandados de busca cumpridos nesta terça, a Polícia Federal chegou a solicitar a prisão de alguns dos investigados - entre eles, o influenciador Renato Cariani. "Foram quatro (pedidos), o Ministério Público ratificou, porém, a Justiça não aceitou os pedidos", disse Vivaldi. As investigações, afirmou, prosseguem para coletar mais provas e entender melhor o papel dos investigados.
*Tribuna online
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