O CEO da Vixtra, Leonardo Baltieri, aponta que a principal explicação para esse declínio acentuado está nas recentes mudanças nas regras de cobrança de taxas sobre as mercadorias importadas. Desde agosto, produtos com valores até 50 dólares têm isenção de impostos de importação, mas ainda estão sujeitos a uma taxa de 17% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já para mercadorias acima desse valor, os encargos praticamente dobram, com a incidência da mesma taxa de ICMS e uma alíquota de 60% para as importações.
Baltieri destaca que o receio dos consumidores em relação às taxações contribuiu significativamente para a queda nas importações. “À medida que os consumidores passaram a ser taxados e as notícias se espalharam pelas redes sociais, muitas pessoas começaram a hesitar em comprar nessas plataformas ou até mesmo a evitá-las”, afirma o CEO.
O recuo de 791 milhões de dólares em outubro representa a maior redução desde que as discussões sobre a taxação dessas mercadorias foram iniciadas pelo governo federal em abril deste ano. Embora as importações tenham apresentado um crescimento de 32,9% em agosto, quando as novas regras entraram em vigor, comparado a julho, houve uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período de 2022.
Em setembro, a tendência de queda se intensificou, com as importações recuando 30,3%, resultando em uma diminuição de 361 milhões de dólares, culminando no expressivo declínio de 54% em outubro.
Baltieri ressalta que a atração dos consumidores pelos preços mais acessíveis praticados por essas empresas está sendo questionada devido à taxação dos produtos, levantando dúvidas sobre a viabilidade de continuar adquirindo mercadorias por meio desses canais.
*IB
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