Carlos Cabral, corretor de imóveis em Amargosa, observa uma queda significativa na procura por hospedagem desde o cancelamento do Forró do Piu-Piu em 2022. "A procura caiu cerca de 40%, e ainda tenho 15 imóveis disponíveis para locação na semana que antecede o feriado do dia 24", diz. A mudança no perfil dos turistas, agora mais velhos e menos numerosos, afeta diretamente o mercado de aluguel.
Em Senhor do Bonfim, Clício Santos, dono da Pousada Renascer, também lamenta o impacto do cancelamento do Forró do Sfrega. Embora seus quartos estejam reservados, a procura foi menor e mais tardia em comparação a anos anteriores. No entanto, Aldenia do Nascimento, do Hotel Maranata, relata um aumento de 20% na procura em comparação com 2023, indicando uma demanda ainda presente apesar das mudanças.
O aumento dos preços para contratação de shows pós-pandemia é um dos desafios para a realização dos eventos privados. Com os cancelamentos, os municípios se tornaram os principais realizadores dos festejos juninos, potencialmente atraindo turistas com as festas públicas.
Segundo Thiago Sena, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia, as festas gratuitas têm potencial para atrair turistas, embora o turismo no São João ainda seja majoritariamente de residentes dentro do estado.
Além do Forró do Piu-Piu e do Forró do Sfrega, outras festas canceladas incluem o Brega Light em Ibicuí, Forró do Bosque em Cruz das Almas, Forró do Lago em Santo Antônio de Jesus, Forró do Bongo em Alagoinhas, e Forró Coffee em Itiruçú.
*Informações do JORNAL CORREIO
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