O presidente venezuelano Nicolás Maduro, de 61 anos, foi reeleito para mais um mandato de seis anos nas eleições realizadas no domingo (28). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a vitória por volta das 1h15 de segunda-feira (29). A posse de Maduro está marcada para janeiro de 2025.
Durante a campanha, foram feitas acusações de uso da máquina estatal pelo regime chavista, que teria manipulado o processo eleitoral para garantir a reeleição de Maduro. Apesar de apresentar atas de votação como prova de sua vitória, a oposição contesta os resultados, alegando fraude e abuso de poder.
Protestos em Caracas e outras regiões do país foram registrados após o anúncio da vitória de Maduro. A Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior coalizão da oposição, organizou manifestações que reuniram milhares de pessoas, incluindo a líder Maria Corina Machado e o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que a oposição afirma ser o verdadeiro vencedor das eleições.
As manifestações foram marcadas por violência, resultando em pelo menos 11 mortes e 749 prisões, segundo ONGs e autoridades venezuelanas. Nicolás Maduro culpou a oposição pelas mortes e pela violência, enquanto o procurador-geral Tarek William Saab acusou os manifestantes de diversos crimes, incluindo incitamento ao ódio e terrorismo.
Diante das tensões, o governo da Costa Rica ofereceu asilo político a González Urrutia e Machado, que agradeceram a oferta, mas afirmaram que continuarão lutando ao lado do povo venezuelano.
A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos da crise na Venezuela, com preocupações sobre a legitimidade do processo eleitoral e a estabilidade no país.
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