Caro
Leitor, outrora, este que vos escreve, publicou a fábula O Reino dos Ratos,
por conseguinte, é de bom grado, fazer a introdução sobre tal reino para
aqueles que não leram a publicação citada.
Era
uma vez um pequenino reino localizado numa ilha do Oceano Pacífico. Há tempos,
em Ratolândia, o trono era ocupado pelo monarca Tibério Cabral.
Diferentemente da monarquia tradicional, o rei era escolhido e mantido pelos
ratos mais nobres e ricos. Apesar da inexistência do critério sucessório de
hereditariedade, um grupo oligárquico se perpetuava no poder.
No
plano das aparências, o rei exalava poder e soberba, todavia, nos bastidores,
era um servo da casta dos oligarcas. Em Ratolândia, as desigualdades
sociais eram extremas, cujo povo pagava uma carga absurda de impostos.
Lamentavelmente, os ratos da alta cúpula desviavam os tributos, enriquecendo
ainda mais as finanças pessoais, por outro lado, o povo ficava apenas com as
“migalhas”.
A
economia de Ratolândia não tinha dinamismo, assim, todo o fluxo econômico
se vinculava ao aparato estatal. Tibério Cabral e sua corte dificultavam ao
máximo o empreendedorismo, sufocando os pouquíssimos empresários com inúmeras
taxas e ditames burocráticos. Na mentalidade mesquinha do rei, todos os ratos
deveriam ter um elo de dependência à engrenagem do Estado.
No
Reino dos Ratos, a opinião pública era totalmente manipulada pelo Departamento
Real de Propaganda, o qual, se esforçava para construir a imagem de um
governo impecável e eficiente. Se não bastasse a atuação de tal órgão, Tibério
Cabral possuía ao seu dispor um grupelho de bajuladores liderado pelo bobo da
corte conhecido como Pierrot Buarque; este último, tinha a incumbência de
elogiar cegamente o governo do rei em todas as esquinas e vielas de Ratolândia.
Consoante
a realidade apresentada acima, os pobres do Reino dos Ratos não
vislumbravam a probabilidade de progresso, pois Tibério Cabral e seus cúmplices os
oprimiam de forma impiedosa. O povo de Ratolândia estava preso num looping
de imobilismo social e precariedade econômica, em contrapartida, o rei e sua
corte não trabalhavam e desfrutavam de uma vida extremamente luxuosa. Enfim, Ratolândia
era o paraíso para a corte e o inferno para o povo. Triste realidade! Pobre
povo do Reino dos Ratos…
(Tosta
Neto, 14/09/2024)
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