sábado, 14 de setembro de 2024

2. O REINO DOS RATOS E A SEDE INSACIÁVEL POR IMPOSTOS (TOSTA NETO)

Caro Leitor, outrora, este que vos escreve, publicou a fábula O Reino dos Ratos, por conseguinte, é de bom grado, fazer a introdução sobre tal reino para aqueles que não leram a publicação citada.

Era uma vez um pequenino reino localizado numa ilha do Oceano Pacífico. Há tempos, em Ratolândia, o trono era ocupado pelo monarca Tibério Cabral. Diferentemente da monarquia tradicional, o rei era escolhido e mantido pelos ratos mais nobres e ricos. Apesar da inexistência do critério sucessório de hereditariedade, um grupo oligárquico se perpetuava no poder.

No plano das aparências, o rei exalava poder e soberba, todavia, nos bastidores, era um servo da casta dos oligarcas. Em Ratolândia, as desigualdades sociais eram extremas, cujo povo pagava uma carga absurda de impostos. Lamentavelmente, os ratos da alta cúpula desviavam os tributos, enriquecendo ainda mais as finanças pessoais, por outro lado, o povo ficava apenas com as “migalhas”. 

A economia de Ratolândia não tinha dinamismo, assim, todo o fluxo econômico se vinculava ao aparato estatal. Tibério Cabral e sua corte dificultavam ao máximo o empreendedorismo, sufocando os pouquíssimos empresários com inúmeras taxas e ditames burocráticos. Na mentalidade mesquinha do rei, todos os ratos deveriam ter um elo de dependência à engrenagem do Estado.

No Reino dos Ratos, a opinião pública era totalmente manipulada pelo Departamento Real de Propaganda, o qual, se esforçava para construir a imagem de um governo impecável e eficiente. Se não bastasse a atuação de tal órgão, Tibério Cabral possuía ao seu dispor um grupelho de bajuladores liderado pelo bobo da corte conhecido como Pierrot Buarque; este último, tinha a incumbência de elogiar cegamente o governo do rei em todas as esquinas e vielas de Ratolândia

Consoante a realidade apresentada acima, os pobres do Reino dos Ratos não vislumbravam a probabilidade de progresso, pois Tibério Cabral e seus cúmplices os oprimiam de forma impiedosa. O povo de Ratolândia estava preso num looping de imobilismo social e precariedade econômica, em contrapartida, o rei e sua corte não trabalhavam e desfrutavam de uma vida extremamente luxuosa. Enfim, Ratolândia era o paraíso para a corte e o inferno para o povo. Triste realidade! Pobre povo do Reino dos Ratos

(Tosta Neto, 14/09/2024)

 

0 comments:

CURTA!