Apesar da liderança nacional, o número representa uma leve redução em comparação aos anos anteriores: foram 6.776 homicídios em 2022, 7.206 em 2021 e 7.076 em 2020. A queda acumulada desde 2021 é de 8,2%, indicando uma desaceleração da violência letal no estado.
Na taxa proporcional por 100 mil habitantes, a Bahia ocupa a segunda colocação, com 43,9, atrás apenas do Amapá (57,4). Completam o ranking dos estados com maiores taxas de homicídio Pernambuco (38,0), Amazonas (36,8) e Roraima (35,9) — todos das regiões Norte e Nordeste.
Abaixo da Bahia, no ranking de homicídios absolutos, estão Rio de Janeiro (4.292), Pernambuco (3.697), São Paulo (3.043) e Ceará (2.992).
A divulgação dos dados gerou repercussão política. O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que está em viagem oficial à China. “A Bahia teve mais homicídios do que São Paulo e Minas Gerais juntos”, afirmou. “Infelizmente, os números hoje divulgados só confirmam o que a gente vem denunciando: a derrota que o governador vem sofrendo para as facções criminosas.”
O político também cobrou mudanças na postura do governo estadual: “Não está em mudar comandante-geral da polícia, nem secretário. Está em mudar a postura do governador”, declarou.
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