O Senado aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto que derruba o aumento do IOF – o Imposto sobre Operações Financeiras – anunciado pelo governo Lula em maio. A proposta, que já havia passado pela Câmara dos Deputados, teve votação simbólica e entra em vigor sem necessidade de sanção presidencial.
Com a decisão, o Congresso Nacional impõe mais uma derrota ao Palácio do Planalto, que contava com a arrecadação extra para tentar equilibrar as contas públicas. A votação foi acelerada após o presidente da Câmara, Hugo Motta, colocar o projeto em pauta de última hora, surpreendendo o governo.
O relator da proposta, deputado Coronel Chrisóstomo, criticou a tentativa do Executivo de aumentar impostos em vez de controlar gastos. O texto derruba a elevação do IOF sobre operações de câmbio, crédito e transferências internacionais.
Nos bastidores, o governo tentou conter o avanço do projeto usando o recesso junino e a liberação de emendas parlamentares como estratégia, mas não teve sucesso. Parlamentares, inclusive da base aliada, demonstraram insatisfação com a baixa execução das emendas e com o Planalto, que tentou responsabilizar o Congresso por um possível aumento na conta de luz, após vetos presidenciais serem derrubados.
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