Com mais de 40
anos de carreira, o artista baiano, Virgílio, foi a segunda atração do São João
da Bahia no Pelourinho, neste sábado (21). Natural de Cachoeira, no Recôncavo
baiano, Virgílio falou ao Bahia Notícias sobre sua conexão com o Centro
Histórico de Salvador e sua trajetória de altos e baixos na carreira.
“Espero que seja
um show muito bom, espero que agrade ao pessoal que está aí. A praça está,
estou muito feliz de estar aqui. Mais uma vez, já que sou prata da casa, já
cantei muitas e muitas vezes no Pelourinho e eu estou feliz demais de estar
aqui”, exalta.
Um dos principais
expoentes do forró na Bahia, o cantor defende que a música tradicional
nordestina, como o forró, xote e o baião, seja incentivada, especialmente no
período junino. “A gente não pode querer permanecer a vida toda fazendo
sucesso, ninguém fica no sucesso a vida toda. Mas é preciso também valorizar a
música boa, a música de qualidade que nós fazemos. Então, o forró pé de serra
precisa ser valorizado e respeitado por todos”, afirma.
Sobre a inserção
de novos ritmos e musicalidades nas festas oficiais de São João, Virgílio
afirma que “Isso é uma falta de respeito em relação aos artistas, porque não
existia ninguém lá de fora aqui. Depois, os artistas da terra começaram a ficar
meio de lado. Se você não tem um bom empresário para cuidar da sua carreira,
para estar impulsionando sua carreira, você não consegue fazer mais um show.
Mas graças a Deus, nos lugares que eu tenho passado, eu tenho cantado de tudo.
O meu principal sucesso são shows no tradicional. Esse realmente faz o povo
dançar, acordar, cantar, brincar. Eu sinto que o povo sente falta do forró
crescendo. Mas não sou eu que contrato [os shows]”, destaca.
Virgílio foi a
segunda atração do Largo do Pelourinho, palco principal do São João no Centro
Histórico, por onde ainda passaram artistas como Fabio Carneirinho e Jammil.
(Fonte: Bahia
Notícias / Por
Ana Clara Pires - Eduarda Pinto)
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