Segundo o relatĂłrio, a corporação conta atualmente com 31.221 policiais, incluindo 1.049 da reserva, que foram convocados para reforçar o patrulhamento. O dĂ©ficit persiste mesmo apĂłs a realização de concursos pĂșblicos.
A defasagem impacta diretamente a rotina da tropa. O coronel reformado da PM e professor de Direito, AntĂŽnio Jorge Melo, alerta que a carga horĂĄria excessiva causa sobrecarga, prejuĂzos Ă saĂșde e desgaste operacional. “NĂŁo raramente existem escalas extras. O policial, alĂ©m da jornada normal, cumpre uma jornada complementar”, afirma.
Outro dado que chama atenção Ă© o Ăndice de cobertura policial: a Bahia tem um PM para cada 412 habitantes, bem abaixo do parĂąmetro internacional, que recomenda um para cada 300.
O major Igor Rocha, presidente da associação Força Invicta, destaca que o problema tambĂ©m passa pela falta de atratividade da carreira. “Temos hoje um efetivo insuficiente e mal remunerado. Isso precisa ser rediscutido como uma polĂtica de segurança pĂșblica ampla”.
đ O relatĂłrio integra a anĂĄlise das contas do governador JerĂŽnimo Rodrigues (PT) relativas a 2024 e reforça a urgĂȘncia de açÔes estruturantes na ĂĄrea da segurança. Um parecer tĂ©cnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela um dĂ©ficit preocupante de 14.595 policiais militares na Bahia. O nĂșmero representa quase um terço do efetivo ideal previsto pela legislação estadual, que estabelece 44.767 PMs em atividade.
đ° Com informaçÔes do Jornal Correio
0 comments: