sábado, 9 de agosto de 2025

SONETO AO AMOR (TOSTA NETO)


 

Este singelo soneto não deveria ter sido gerado,

Afinal, com palavras, o Amor não pode ser explicado;

O eu lírico é persuadido a escrever sobre algo tão descomunal,

Ó Amor, tu não podes ser explanado num prisma racional.

 

O ente amado capta as batidas frenéticas do outro coração:

“É como se eu estivesse no seu corpo conseguindo sentir...”,

Sentimento puro e uno cujo tempo não é capaz de destruir,

Semblantes distantes, lembranças vívidas, dulcíssima paixão.

 

Prefixo de erupção no âmago diante do reencontro improvável,

Ó Amor, tu só podes ser escrito pela pena do inexplicável;

No plano onírico, a Vênus de Botticelli aparece humanizada,

 

O sol de Apolo suscita no horizonte: esperança dissipada.

Perpassaste por São Paulo a Camões, ó sentimento inspirador,

A humanidade nunca deixará de persegui-lo com ardor.

 

(Tosta Neto, 09/08/2025)

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