Este
singelo soneto não deveria ter sido gerado,
Afinal,
com palavras, o Amor não pode ser explicado;
O
eu lírico é persuadido a escrever sobre algo tão descomunal,
Ó
Amor, tu não podes ser explanado num prisma racional.
O
ente amado capta as batidas frenéticas do outro coração:
“É
como se eu estivesse no seu corpo conseguindo sentir...”,
Sentimento
puro e uno cujo tempo não é capaz de destruir,
Semblantes
distantes, lembranças vívidas, dulcíssima paixão.
Prefixo
de erupção no âmago diante do reencontro improvável,
Ó
Amor, tu só podes ser escrito pela pena do inexplicável;
No
plano onírico, a Vênus de Botticelli aparece humanizada,
O
sol de Apolo suscita no horizonte: esperança dissipada.
Perpassaste
por São Paulo a Camões, ó sentimento inspirador,
A
humanidade nunca deixará de persegui-lo com ardor.
(Tosta
Neto, 09/08/2025)
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