Decisão,
antecipada pelo New York Times, intensifica pressão dos EUA sobre o regime de
Nicolás Maduro e provoca reação de Caracas.
O presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a
Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas na
Venezuela com o ponto declarado de enfraquecer e, em última instância, retirar
do poder o presidente Nicolás Maduro. A pauta foi antecipada pelo The New
York Times e, segundo relatos, discutida em detalhes com assessores da ala
linha‑dura do governo norte‑americano.
Em declaração à
imprensa na Casa Branca, Trump disse que a Venezuela “está sentindo a pressão”
e não descartou a possibilidade de operações em terra. Fontes ouvidas pela Folha
afirmaram que o presidente tem à disposição vários planos para aumentar a
pressão sobre Caracas, incluindo ações militares nos arredores do país e
operações de inteligência destinadas a capturar Maduro.
A estratégia
anunciada envolveria coordenação com o Estado‑Maior Conjunto dos EUA, sob a
liderança do general Dan Caine, e conta com o apoio explícito do secretário de
Estado, Marco Rubio. Autoridades consultadas descrevem a alternativa como uma
campanha de pressão intensiva que poderia incluir ações terrestres limitadas e
operações letalmente direcionadas, modelo comparado internamente a operações
anteriores de alto impacto conduzidas pelos EUA no exterior.
De acordo com a
Casa Branca e interlocutores citados pela imprensa, a medida tem dois objetivos
práticos: frear o fluxo de drogas com origem na Venezuela e responder a
episódios de liberação de prisioneiros que, segundo Trump, teriam acabado
cruzando fronteiras para os EUA. A Casa Branca também avaliou que os esforços
diplomáticos não produziram resultados suficientes, motivando a opção por ações
mais assertivas da agência de inteligência.
Fontes citadas
pela imprensa indicam que a autorização dá à CIA margem para agir com autonomia
no país, seja de forma independente ou em conjunto com operações militares mais
amplas, caso a administração julgue necessário. O New York Times reportou que entre
os planos em análise estão medidas que visam ‘asfixiar’ o regime sem uma
invasão em larga escala.
(Fonte: Conexão
Política)


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