sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

DESCOBERTA MUDA TUDO O QUE SE SABE SOBRE URANO E NETUNO

Os "gigantes de gelo" podem ser, na verdade, "gigantes rochosos"? Nova pesquisa desafia o que sabemos sobre Urano e Netuno

Um estudo da Universidade de Zurique, em parceria com o NCCR PlanetS, desenvolveu um novo método de simulação que desafia a visão tradicional sobre a composição de Urano e Netuno. Publicada na revista Astronomy & Astrophysics, a pesquisa sugere que esses planetas, historicamente classificados como “gigantes de gelo”, podem ter interiores majoritariamente rochosos.

Utilizando modelos físicos e empíricos combinados, os cientistas criaram milhares de simulações do interior dos planetas e compararam-nas com dados observacionais. Os resultados indicam que a presença de gelo — como água e outros voláteis — pode não ser dominante, e que a estrutura interna desses mundos é mais complexa do que se imaginava. O modelo também oferece explicações mais precisas para os campos magnéticos incomuns, especialmente o de Urano, que parece se estender a regiões mais profundas do planeta.

Apesar dos avanços, permanecem incertezas devido ao conhecimento limitado sobre o comportamento de materiais em pressões e temperaturas extremas. Por isso, os pesquisadores reforçam a necessidade de novas missões espaciais dedicadas a Urano e Netuno, que possam fornecer medições gravitacionais e magnéticas mais detalhadas.

As conclusões não só revisam a taxonomia planetária, mas também aprimoram métodos usados para investigar exoplanetas e orientar futuras tecnologias e sondas espaciais, com impactos indiretos na inovação científica e tecnológica.

(Fonte: Olhar Digital)

 

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