terça-feira, 2 de dezembro de 2025

PESQUISA ATLASINTEL INDICA QUE TARCÍSIO ENCURTA VANTAGEM DE LULA PARA O 2º TURNO DE 2026


A corrida pela Presidência da República em 2026 segue se intensificando, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, conquistando terreno sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma nova pesquisa realizada pela AtlasIntel, encomendada pela Bloomberg News e divulgada nesta terça-feira (2), aponta que a disputa está cada vez mais acirrada, mesmo com o ex-presidente Jair Bolsonaro cumprindo pena de prisão desde a semana passada.

Em um cenário de segundo turno entre os dois principais concorrentes, Lula, que busca um quarto mandato histórico, vê sua vantagem reduzida a uma margem mínima. De acordo com o levantamento, o presidente aparece com 49% das intenções de voto, enquanto Tarcísio registra 47%, o que representa uma diferença de apenas dois pontos percentuais – dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 1 ponto percentual.

O ex-ministro de Bolsonaro, que tem ganhado apoio expressivo entre os eleitores de direita e no mercado financeiro, vem se consolidando como o principal nome do campo conservador para a eleição de 2026. A crise gerada pela prisão de Bolsonaro, que ainda enfrenta obstáculos para se candidatar até 2030, trouxe uma urgência para a definição do candidato de direita. Tarcísio, por sua vez, afirmou recentemente que a escolha do nome da direita deve ser feita no início de 2026.

Com foco em uma crítica à gestão econômica do governo de Lula, Tarcísio defende que uma mudança de governo poderia "libertar a economia", atrair mais investimentos e controlar a inflação, além de reduzir as taxas de juros. Mesmo diante de seu crescimento nas pesquisas, o governador tem evitado confrontos diretos que possam alienar a base bolsonarista. Ele tem ressaltado que seu principal objetivo é garantir a reeleição em São Paulo e que Bolsonaro, embora preso, continuará sendo uma figura chave na articulação política da direita.

Além disso, a pesquisa AtlasIntel também revela uma divisão no campo da direita, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro conquistando um apoio considerável, principalmente entre mulheres, evangélicos e a base fiel ao ex-presidente. No entanto, a resistência de Jair Bolsonaro em declarar apoio a qualquer possível sucessor tem mantido o cenário político congelado, dificultando a organização de alternativas para 2026.

Por outro lado, o cenário de Lula também apresenta desafios. Após um aumento temporário de popularidade em julho, impulsionado por uma onda de nacionalismo durante a ameaça de tarifas punitivas dos EUA, a aprovação do presidente caiu em outubro. O índice de apoio ao petista, que ultrapassou os 51% no mês anterior, retrocedeu para cerca de 49% em novembro, indicando uma diminuição no entusiasmo popular em relação ao governo.

Com a disputa cada vez mais acirrada e um cenário político fragmentado, a eleição de 2026 promete ser uma das mais imprevisíveis da história recente do Brasil.

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