São Paulo -
Em entrevista ao jornal português "Diário de Notícias", a presidente
afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que ainda não foi convidada para a
abertura dos Jogos Olímpicos. "Eu ainda não recebi convite do Comitê
Olímpico Internacional, nem tão pouco do brasileiro. Vou avaliar as condições em
que vou, não irei em condições que me diminuam", afirma Dilma no texto,
publicado neste sábado (9) pelo veículo. Ainda na mesma resposta, a petista
afirma que, no entanto, seria justo que fosse convidada, uma vez que foi o seu
governo que assegurou os recursos necessários, a segurança e a divulgação do
evento, segundo ela. "Quando fui afastada, no dia 12 de maio, estava tudo
sob controle", disse.
A
abertura dos jogos será às 20h do dia 5 de agosto, no estádio do Maracanã, no
Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente interino Michel Temer (PMDB) deverá
estar na tribuna presidencial, com as autoridades do Comitê Internacional. Se
comparecer, Dilma deverá ocupar a tribuna de honra. Esta será a maior exposição
internacional de Temer e o primeiro evento público em que os dois deverão
dividir o mesmo espaço após o afastamento da petista do governo federal.
Dilma
já disse em outras ocasiões que também achava justo que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva também fosse chamado.
No
mês passado, o presidente do comitê organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman,
indicou que deveria se encontrar novamente com o peemedebista antes de decidir
se convidará ou não Dilma para a cerimônia de abertura da competição, em
agosto. A decisão cabe exclusivamente ao comitê organizador.
Ainda
na entrevista ao jornal português, Dilma comentou sobre o pedido de renúncia da
presidência da Câmara do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao ser
questionada se ela tinha consolo na atual situação de Cunha (fora de atuação
após a renúncia e envolvido em várias denúncias de corrupção), a presidente
afastada afirmou apenas que "Não é questão de vingança pessoal, é uma questão
política. Esse senhor colocou o presidencialismo em risco ao promover o
golpe."
(Fonte: Exame.com / Estadão)
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