São Paulo — Pela segunda vez
consecutiva, o ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL), Fabrício José Carlos Queiroz, faltou a um depoimento marcado
na sede do Ministério Público Estadual do Rio (MP-RJ).
A oitiva, programada para a tarde
desta sexta-feira (21), serviria para esclarecer as transações atípicas de 1,2
milhão de reais em sua conta. A movimentação foi apontada pelo Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O depoimento de Queiroz estava
previsto para quarta-feira (19), mas, segundo os advogados, ele teve uma
“inesperada crise de saúde” e não pode comparecer.
Sua defesa alegou também que não
houve tempo hábil para analisar os autos da investigação. Eles solicitaram
cópias dos documentos.
Em nota, o MP afirmou que advogado
do investigado compareceu à sede do MP-RJ, às 14h, para informar que seu
cliente “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um
procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado,
posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. A defesa se
comprometeu a apresentar os referidos laudos até o dia 28.
O MP-RJ afirmou ainda que dando
prosseguimento às investigações será enviado ofício ao presidente da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) sugerindo o comparecimento do
deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, no dia 10 de janeiro, para
que preste esclarecimentos acerca dos fatos.
O ex-PM trabalhou durante cerca de
dez anos com Flávio e foi seu motorista na Alerj. Registrado como assessor
parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz também era segurança do filho
de Bolsonaro. Queiroz foi exonerado do gabinete no último dia 15 de outubro.
Investigação
O depoimento de Queiroz seria para
esclarecer a movimentação “atípica” identificada pelo Coaf de R$ 1,2 milhão,
entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O documento cita um repasse de R$
24 mil para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro — o presidente eleito
disse que se tratava do pagamento de uma dívida antiga do policial militar com
ele.
De acordo com a Revista Veja, uma das contas de Queiroz
recebeu transferências bancárias de sete servidores da Assembleia Legislativa
do Rio (Alerj) que passaram pelo gabinete do filho do presidente eleito.
Além dos servidores, o próprio
Fabrício Queiroz depositou 94.812 reais em sua conta, que é do banco Itaú e a
agência fica em Freguesia, bairro da zona oeste da cidade do Rio.
(Fonte: Exame.com)
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