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A celebração que toma ruas e praias do Rio Vermelho ainda antes do raiar do sol teve origem a partir do protagonismo de pescadores locais ainda nas primeiras décadas do século 20, embora algumas pesquisas esclareceram que o culto a Iemanjá existisse antes disso.
“A história dessa festa, como qualquer elemento da nossa cultura, precisa de um marco fundador. Em 1923, há o relato do jangadeiro Zequinha para um dos grandes jornais daqui da Bahia sobre uma oferenda de pescadores para a divindade das águas, na expectativa de que ela pudesse resolver o problema de escassez de peixes do mar”, explica o historiador Murilo Mello.
A partir daquele momento, o ato de depositar oferendas para a orixá passou a ser um rito anual e viria a fazer parte da Festa de Nossa Senhora de Santana, estritamente ligada ao catolicismo, que ocorria na região desde 1870. A programação contava com anúncios sobre o Carnaval e até concurso de miss, numa época em que o Rio Vermelho era uma área afastada do centro da cidade.
“A Festa de Santana era muito concorrida pelos veranistas, inclusive, tinha carro alegórico que ia até a Barra, queima de fogos, venda de guloseimas para angariar fundos para a celebração. Dentro de toda aquela liturgia, de todos aqueles dias de festejos, os pescadores pediam permissão da Igreja Católica para depositar presente a Iemanjá”, complementa Mello.
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