O Vale do Jiquiriçá, no interior da Bahia, começa a emergir como peça-chave na corrida global por minerais estratégicos que movimentam a economia e a tecnologia do século 21. Municípios como Ubaíra, Jiquiriçá e Mutuípe abrigam reservas de elementos chamados "terras raras", essenciais para setores como energia limpa, defesa, mobilidade elétrica e tecnologia de ponta.
À frente do projeto está a empresa Borborema Mineração, subsidiária da australiana Brazilian Rare Earths (BRE), que anunciou um investimento de R$ 3,5 bilhões na região. A previsão é que a produção de concentrados minerais e óxidos de terras raras tenha início em 2028, com promessa de desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade.
O Brasil possui o segundo maior recurso natural do mundo desses elementos, mas ainda com baixa exploração. A iniciativa na Bahia poderá reposicionar o país como um dos grandes players no mercado global, hoje dominado pela China, responsável por cerca de 70% da produção e 90% do refino de terras raras.
Com apoio do governo estadual, o projeto visa fortalecer a infraestrutura local, gerar empregos qualificados e avançar na cadeia produtiva, incluindo a separação de óxidos estratégicos como neodímio, praseodímio, disprósio e térbio.
As terras raras são cruciais para tecnologias como turbinas eólicas, carros elétricos, satélites, smartphones, robótica e impressão 3D. No cenário geopolítico e econômico atual, esses elementos são considerados o “ouro invisível” do século 21.
*Por David Brito para o Outro Olhar*
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