A declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), repercutiu fortemente após ele orientar a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) a manter pacientes nos corredores dos hospitais quando a demanda ultrapassar a capacidade das unidades.
Durante entrevista em Santo Antônio de Jesus, Jerônimo justificou que, diante da superlotação, é aceitável que pacientes aguardem atendimento em macas e cadeiras nos corredores. Segundo ele, apenas 10% dos casos realmente exigiriam internação imediata. O governador ainda responsabilizou as prefeituras pela falta de estrutura de saúde básica, o que, segundo ele, pressiona os hospitais maiores.
Ao relatar diálogo com a responsável pela regulação, Jerônimo afirmou:
“Governador, tem hoje gente nos corredores do Clériston Andrade.”
E completou:
“Peça para o Ministério Público vir me consultar, para eu poder conversar com o MP. Porque, no fim do dia, ela diz: ‘governador, daquelas pessoas que estavam na maca, na cadeira, no corredor, 90% não era para estar ali’”.
A fala gerou críticas de entidades da saúde e reações negativas nas redes sociais.

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