Após a aplicação da tarifa de 50% para alguns produtos
brasileiros e a implementação da Lei Magnitsky contra Alexandre de
Moraes por parte do governo de Donald Trump, a esquerda e grande parte da
imprensa esbravejaram perante tais medidas. Houve a narrativa de interferência
estrangeira em assuntos internos do Brasil, o que poderia ferir a nossa
soberania. Inegavelmente, os esquerdistas de plantão ainda têm um discurso alicerçado
na Guerra Fria, o qual, taxa os Estados Unidos como a personificação do
imperialismo e do malvado capitalismo.
Conforme as questões supracitadas, objetivando alavancar a
aprovação do eleitorado e culpar um agente externo diante de eventuais insucessos
econômicos, Lula se insurgiu com uma retórica patriótica cunhada na defesa da
soberania nacional. Não esqueçamos que a esquerda despreza com ardor o
patriotismo, porém quando as circunstâncias são convenientes, vale a pena defendê-lo.
Neste interregno, o presidente brasileiro não demonstrou disposição para
negociar com Trump a derrubada das tarifas, pois no mundo egoísta de Lula, o
Brasil nunca foi e nem é prioridade, afinal, sua única preocupação é a
manutenção do poder.
Por ora, ampliemos o leque da nossa reflexão. Indubitavelmente,
nos últimos anos, as facções criminosas, que devem ser tratadas como grupos terroristas,
vêm fortalecendo o seu poder com o domínio territorial, fator que dificulta a
atuação do Estado na concessão plena de serviços aos cidadãos. Percebe-se aqui
um flagrante exemplo de atentado à soberania do Brasil, cujas organizações criminosas
ocupam o território para aterrorizar a população e guarnecer os lucros com o
tráfico de drogas e serviços alternativos. Diante deste cenário, a esquerda e a
mídia militante não alegam um ataque à soberania nacional: eis mais um exemplo
de indignação seletiva. É válido enfatizar que na bolha ideológica esquerdista,
o traficante é apenas vítima da sociedade, portanto, deve ser tratado com toda
complacência...
(Tosta Neto, 03/12/2025)


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